Educação Inclusiva e Mediação Escolar

Ainda no início do Século XXI, o setor educacional brasileiro se dividia entre dois cenários: educação regular e educação especial. Porém, a última década foi regida por uma série de transformações que implicaram em um novo formato de escola inclusiva, que trouxe os estudantes para um único cenário educacional, com apoio e recurso adequados para oferecer uma qualidade unificada aos estudantes independente de suas barreiras e deficiências, favorecendo a diversidade. Para que este cenário aconteça, é necessário garantir que os estudantes, independentemente de suas condições e deficiências, estejam progredindo de acordo com o processo natural. Por isso, os profissionais dedicados a esta área precisam atualizar-se para possibilitar a criação de uma construção entre estudantes, docentes, gestores escolares, famílias e profissionais da saúde.

Adriana Marcondes (2004) considera que “a inclusão não se dá incluindo os corpos das crianças nas classes regulares. A inclusão se dá quando se devolve ao coletivo aquilo que foi individualizado no corpo do sujeito”. Portanto, não se trata de colocar uma pessoa dentro de um coletivo que já está dado, ao qual ela precisa se adaptar, mas tornar o ambiente inclusivo com práticas que enxerguem a singularidade de cada um, ao mesmo tempo em que se investe no coletivo.  Para uma inclusão real, as escolas precisam modificar seu funcionamento para atender a cada um dos seus alunos – independentemente de suas deficiências, dificuldades, origem socioeconômica ou cultural. Quando os alunos começam a ocupar o espaço escolar sem que ele se transforme para recebê-los, estamos lidando com experiências de integração. Neste aspecto há de considerar a formação profissional no âmbito inclusivo. Por outro lado, apenas a formação unilateral de inclusão não atenderá realmente a inclusão no processo pedagógico. Para isso será necessário, também, a formação do mediador. Por isso a Pós Graduação em Educação Inclusiva e Mediação escolar pretende formar profissionais com a pratica inclusiva, além do conhecimento acadêmico.